Trump Retoma Tarifas Sobre Aço e Alumínio – Brasil Pode Perder Bilhões com Nova Medida
2/10/2025
O Impacto das Tarifas no Comércio de Aço e Alumínio
Atualmente, cerca de 25% do aço e 50% do alumínio consumidos nos Estados Unidos são importados, principalmente do Canadá, México e Brasil. Em 2024, o Brasil se destacou como o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, ficando atrás apenas do Canadá e do México.
Em 2023, os EUA adquiriram 18% de todas as exportações brasileiras de ferro fundido, ferro ou aço.
Durante seu primeiro mandato, Trump já havia imposto tarifas semelhantes, causando preocupação no setor siderúrgico brasileiro.
Posteriormente, os EUA revogaram as taxas para alguns parceiros comerciais, incluindo Brasil, Canadá, México e União Europeia.
Qual Será a Reação do Governo Brasileiro?
Diante do novo anúncio, o governo brasileiro optou por não se manifestar imediatamente. De acordo com apuração da TV Globo, a estratégia será aguardar o comunicado oficial dos Estados Unidos antes de tomar qualquer medida.
Especialistas alertam que, apesar de o Brasil ter ficado de fora das primeiras rodadas de tarifas aplicadas por Trump a outros países, como China, Canadá e México, setores específicos podem ser impactados diretamente.
Mais Tarifas e Brasil na Mira
Trump ainda confirmou que, entre terça-feira e quarta-feira, irá anunciar sua nova política comercial, baseada no princípio da reciprocidade. Isso significa que os Estados Unidos irão impor tarifas sobre países que aplicam altas taxas sobre produtos americanos. "Se eles estão nos cobrando 130% e nós não estamos cobrando nada deles, isso não vai continuar assim", declarou o presidente.
Essa medida gerou preocupação no setor privado brasileiro e no governo, que já avaliam possíveis impactos. As novas tarifas podem atingir setores como o aço e até mesmo representar uma pressão para que o Brasil abra seu mercado de etanol para os Estados Unidos.
Em resposta, o governo brasileiro já começa a elaborar uma lista de produtos americanos que poderiam ser alvos de retaliação caso as exportações nacionais sejam prejudicadas. Além disso, um estudo detalhado sobre as cadeias de fornecimento e produção está sendo conduzido para mapear os impactos da decisão.
A tensão aumentou na sexta-feira (7), quando Trump declarou que iniciaria uma rodada de "tarifas recíprocas" contra diversas economias globais. O Brasil foi citado pelo presidente americano como um dos países que impõem tarifas elevadas sobre produtos dos EUA, o que, segundo ele, representa um tratamento injusto.
De acordo com um levantamento da Câmara Americana de Comércio (Amcham), os Estados Unidos mantêm um superávit comercial com o Brasil há mais de uma década. Em 2024, as exportações brasileiras para os EUA atingiram um recorde de US$ 40,3 bilhões, enquanto as importações de produtos americanos somaram US$ 40,6 bilhões, representando um crescimento de 6,9% em relação a 2023.
Na sabatina no Senado americano, o novo representante comercial de Trump, Jamieson Greer, destacou as disparidades tarifárias entre Brasil e Vietnã. Enquanto os EUA aplicam uma tarifa média de importação de 2,2%, a taxa média no Brasil é de 6,7%. No comércio bilateral, os EUA impõem uma tarifa de 1,5% sobre os bens brasileiros, enquanto o Brasil aplica uma taxa de 11,2% sobre os produtos americanos.
No entanto, essa média não reflete completamente a realidade da relação comercial. Em alguns setores estratégicos para o Brasil, as tarifas aplicadas pelos EUA podem dificultar ou até inviabilizar o comércio.
O Que Esperar para o Futuro?
A imposição de tarifas pode afetar a indústria brasileira, elevando custos e reduzindo a competitividade no mercado americano. Caso a medida se confirme, empresas do setor siderúrgico podem enfrentar desafios, como redução de exportações e possíveis cortes de produção.
Por outro lado, ainda há margem para negociação. No passado, o Brasil conseguiu contornar tarifas semelhantes por meio de acordos comerciais. A expectativa agora é que diplomatas e representantes do setor busquem alternativas para minimizar os impactos dessa decisão.
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O cenário político e econômico pode mudar rapidamente. Para acompanhar as principais atualizações sobre esse tema e outras notícias relevantes, continue nos acompanhando e fique por dentro das estratégias que o Brasil pode adotar frente a esse novo desafio comercial.